terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Sobre bolas e desejos...



Árvores de Natal são quase todas iguais. Umas ousam ser mais chamativas que as outras, mas, de modo geral conservam um aspecto uniforme de festa e saudade. As árvores de Natal têm segredos que precisam ser aprendidos. Não podem ser vistas todas de uma mesma forma. É preciso sensibilidade!
Mas não é sobre as árvores que gostaria de falar. Quero contar uma história, que, como todas as outras, não tem pretensão de ensinar nada de muito difícil. Histórias são feitas para comunicar as coisas simples, que de tão simples quase não se veem. Minha história é sobre as bolas de uma árvore de Natal.
Tudo começa num bosque de pinheiros. Os pinheiros eram cultivados durante todo o ano na expectativa do Natal. No final do ano eram retirados do seu habitat natural e levados para a ornamentação das casas. Ao redor de cada pinheiro, famílias inteiras se reuniam para ornamentar o que chamavam de árvore de Natal. Nos olhares festivos, podiam ser vistos os muitos ornamentos que iam sendo gerados. Desejos, ilusões, sonhos, cada um ser aproximava da árvore com o enfeite que possuía no coração.
No bosque de pinheiros se vive na expectativa do amanhã. Aquelas árvores de tão ansiosas quase se esquecem de ver o nascer do sol, a beleza da chuva, ou as coisas bonitas e efêmeras que são feitas para durar um só dia e quando se está muito ocupado com o futuro elas se tornam invisíveis. Assim os pinheiros olham sua vida!
Quando levados para as casas são transformados em semiartificiais. Bolas de natal não são produtos naturais. São fabricadas em diversas cores e tamanhos.
Houve um dia em que no mundo das bolas de natal se observou uma invasão: novos enfeites foram colocados nas árvores. Presentes, figuras de Papai Noel, “neve”. Entre outras coisas tentaram traduzir o desejo de natal que durante muito tempo foi traduzido por simples bolas penduradas nas árvores.
Neste mundo das bolas de natal havia uma árvores (pinheiro) muito enfeitada. Diversos ornamentos, coisas grandes, de impacto  visual (interessante como olhos absorvem o que é grande e colorido). Havia também bolas de diversos tamanhos e cores, contudo de menor expressão visual que os outros enfeites.
Os convidados para a festa de natal quase nem notavam a beleza das bolas na árvore. Era como se os outros enfeites tivessem roubado toda a atenção! Passado um tempo, um vento entrou pela janela e fez com que a bola que estava pendurada no cume da árvores batesse com força em um dos galhos e com isso, os cacos da bola agora quebrada, formaram um quadro muito bonito de aspecto cintilante e inesperado. É que aquelas bolas tinham purpurina em seu interior e ninguém poderia notar tamanha beleza até que uma se quebrasse!
A partir daquele momento a árvore de natal já não era mais a mesma! Tinha um novo colorido, de um enfeite que é mais bonito por dentro do que por fora, assim com muitos desejos – “bolas de natal” – que penduramos na árvore de nossos corações.
Muitas vezes temos desejos simples e comuns como uma bola de natal, mas que ficam escondidos até que alguém, como a magia do sopro de um vento, se aproxima e consegue quebrar para mostrar sua beleza.
Mais do que nunca precisamos de alguém que quebre a nossa bola-desejo, pois só assim poderemos conhecer a beleza que nossos sonhos trazem dentro de si.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Renúncia: a arte de dizer sim!


Quem lida com as ciências humanas está sempre na iminência de acreditar que um dia será descoberta a fórmula que desperta o amor. Só que o exercício para tanto se faz ao contrário. Enquanto as grandes descobertas precisam avançar nas pesquisas para que cheguem a um termo, o amor precisa olhar para trás e revisitar o passado a fim de  que entre a nostalgia e a saudade se encontrem suas causas.

Moram no passado as histórias e estórias mais especiais e significativas. Quem ama pode saber que está amando quando tenta reproduzir no presente, a graça e a fascinação do que já passou. É preciso coragem para amar; é preciso coragem para visitar o passado sem medo de seus encontros.

A poesia sempre cantou que o amor exige renúncia. É verdade. Para amar é preciso aprender a dizer não a seus próprios desejos e ver na alegria do outro o objetivo da própria felicidade. Na Bíblia, há uma história de amor e renúncia. A história de um homem, feliz porque tivera um filho. O nome deste homem era Abraão que significa “pai de uma multidão”. Seu nome era uma variante da expressão “o pai ama”. Assim era a vida do amante Abraão. Tinha amor até no nome.

Seu filho era especial: Isaac. O nome do garoto veio de uma brincadeira. Significava sorriso. Sua mãe, Sara que quer dizer princesa, sorrira quando soube que mesmo depois de muitos anos viria a conceber seu primeiro filho. Daí o nome da criança: sorriso que em hebraico se diz Isaac.
       
Os nomes são importantes. Eles são palavras especiais pelas quais designamos os corpos que amamos. Todas as vezes que dizemos o nome de quem amamos nosso corpo estremece todo e passamos a pensar com o coração. E o nome quando encontra o amor é ainda mais especial. O amor quando é desejado e esperado por longo tempo se faz ainda mais forte. Quem sonha com alguém durante muito tempo sabe que as noites são excelentes companheiras e ao encontrar seu amor as estrelas mesmos infinitas serão insuficientes para guardar tanta alegria. Esta é também a história de Abraão e Isaac.
       
Um dia, segundo o texto bíblico, Deus pede a Abraão que este entregue seu filho ao sacrifício. À época da redação do texto, alguns religiosos praticavam o sacrifício dos primogênitos para agradar seus deuses. Não era o caso de Abraão, mas mesmo assim Deus faz o pedido. Então, Deus parece ser cruel. Pedir a alguém tamanha “prova de amor”, para que?
       
Renúncia. Esta é a palavra que marca a relação de amor. Renunciar é a arte de dizer sim ao outro, mesmo que isto signifique fazer adormecer os próprios desejos e sonhos.  A renúncia aponta para um caminho a ser trilhado, uma vereda de descobertas onde se é guiado pela surpresa e pelo inusitado de cada dia.
       
Abraão caminha com seu filho até o lugar indicado e se prepara para a entrega. Antes de imolar a criança, uma voz irrompe do céu e faz cessar o martírio. A voz vem de Deus e anuncia que para amar não é preciso sofrer até à morte. Ao ver que Deus interrompeu seu martírio, Abraão chamou aquele lugar de “O Senhor vê”. Aí está a verdadeira manifestação do amor.
       
Quem ama vê de maneira especial. Olha com carinho e o simples olhar já faz parar de sofrer. O olhar carinhoso de Deus serviu também para eliminar um conceito estranho às coisas do amor: a prova. Se alguém pede uma prova de algo é porque o que está sendo testado pode ser falso. O amor nunca pode ser falso. O amor dispensa provas.
       
Abraão era itinerante, como itinerantes são os olhares daqueles que amam. Ele vivia da promessa de um encontro da mesma maneira que os olhares e os nomes dos amantes vivem à espera da fugacidade do rever. Abraão iria amar a vida, sua mulher, os filhos, a terra. Terra que ele buscava na forma de uma promessa.
       
Curioso descobrir que o primeiro título de propriedade da terra sonhada por Abraão foi conseguido para sepultar Sara, sua princesa. Makpelá era o nome do lugar. Mais uma vez o passado, que faz das estórias de amor, histórias de vida. E assim como acontece na morte, é preciso invocar a ausência para fazer o coração bater mais forte e, às vezes, até sorrir.
       
Invocar a ausência; chamar pelo nome; silenciar; chorar/sorrir. São coisas que fazem o amor, que provocam a busca, a procura; coisas que nos tornam itinerantes no encontro de uma promessa, por vezes escondida no passado, perdida no futuro, e quase sempre silenciosa no presente. Quem lida com as coisas do coração está sempre na iminência de desacreditar que um dia será descoberta a fórmula que desperta o amor.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Sobre o Amor...


Quase nunca se fala de amor como deveria. O assunto é polêmico na tradição do pensamento clássico. É obscuro. Para os renascentistas franceses, o amor é na medida que falamos dele.

Mas há diversas faces do amor. Até o egoísmo é uma espécie de amor: é o amor de si. Portanto, como lidar com esta questão? Há tempos vimos trabalhando dentro de nós a seguinte interrogação: “amar é se apegar e se apegar é sofrer. Nessas condições como conceber um amor feliz?”.

Amar é poder desfrutar ou regozijar-se de algo ou de alguém. É portanto também sofrer, já que prazer e alegria dependem aqui, por definição, de um objeto exterior, que pode estar presente ou ausente, dar-se ou recusar-se.

Em relação a um objeto que não é amado, nenhuma querela nascerá; não sentiremos tristeza se vier a perecer, nem ciúme se cair em mãos de outro, nem temor, nem ódio, nem perturbação da alma...” (Baruc Espinosa).
Segundo o próprio Espinosa não se pode viver sem  amor.É o amor que faz viver. “Em razão da fragilidade de nossa natureza, sem algo de que gozemos, a que  estejamos unidos e por que sejamos fortalecidos, não poderíamos existir”.

Mas o que é o amor. Mais uma vez Espinosa: “O amor é uma alegria acompanhada da ideia de uma causa exterior”.

Na tradição clássica há dois tipos de amor. O primeiro é a alegria de amar “philia”. Em Aristóteles – “amar é regozijar-se”.  A palavra “philia” é rotineiramente traduzida por amizade. É o amor da troca. O segundo tipo de amor é a falta, a frustração:  O que não temos, o que não somos, o que nos falta, eis os objetos do amor” – Platão – (eros).

O amor eros é o amor da falta. É preciso amar o que não temos, e sofrer com essa falta; ou então ter o que não falta mais e que por isso amamos cada vez menos, já que só sabemos amar o que falta. Ou então, se ama na ação: sinto-me feliz porque existes. É uma refutação espinosana ao platonismo.

O amor philia é a partilha. A mãe que dá o seio ao filho. É o sentimento que transforma em alegria o compartilhar.
        

segunda-feira, 3 de setembro de 2012


RECOMENDO!!!

Cuba Sem Bloqueio: 
a revolução cubana e seu futuro, sem as manipulações da mídia dominante

Hideyo Saito e Antonio Gabriel Haddad

Saiu o livro “Cuba Sem Bloqueio: a revolução cubana e seu futuro, sem as manipulações da mídia dominante”, de Hideyo Saito e Antonio Gabriel Haddad, editado pela Radical Livros.

Como seu título anuncia, o livro apresenta uma visão de Cuba bastante diferente da que aparece nos meios de comunicação dominantes, que exageram supostos aspectos negativos e omitem os positivos.

Exemplos: um ato do grupo oposicionista Damas de Branco, que reuniu dez pessoas (dez!) em Havana, apareceu na capa de O Estado de S. Paulo; a revista Veja entrevistou o pedagogo estadunidense Martin Carnoy, que veio ao Brasil lançar o livro “A vantagem acadêmica de Cuba: por que seus alunos vão melhor na escola”, mas não citou o ensino cubano; a imprensa brasileira noticiou os resultados das duas pesquisas
comparativas sobre o ensino na América Latina coordenadas pela Unesco em 1997 e em 2007, mas omitiu a informação de que os estudantes cubanos haviam ficado em primeiro lugar em ambas.

Para furar esse bloqueio informativo, os autores consultaram livros, estudos acadêmicos e publicações de instituições cubanas e multilaterais (como o Banco Mundial e a ONU) e de think tanks como o Conselho de Relações Exteriores dos Estados Unidos, além de periódicos, fontes de internet e outras.

Eles descrevem um processo de construção social que procura enfrentar seus problemas, encarados como consequência de erros e de difi culdades de toda ordem, mas também de agressões e de obstáculos criados pelas potências dominantes. E revelam a atual mobilização popular no país pelo aperfeiçoamento do socialismo cubano.

Segundo os autores, Cuba não é um paraíso terrestre. Mas eles perguntam: quantos países capitalistas exibem uma sociedade razoavelmente harmônica, sem miséria, sem fome, sem analfabetismo, sem violência social e sem crianças abandonadas como a cubana? Então por que esse rancor da mídia dominante?

Uma possível resposta está na assertiva de Noam Chomsky: “O que é intolerável para essa mídia são os êxitos cubanos, que podem servir de exemplo para outros povos de países subdesenvolvidos”.



ISBN: 978-85-98600-15-4
Formato: 16 x 23 cm
Páginas: 448
Preço: R$ 45,00
Lançamento: Agosto de 2012
www.radicallivros.com.br
radical@radicallivros.com.br
(11) 3835-3038

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Sonhos e Realidade

Outro dia me perguntaram sobre os sonhos que nós, militantes de esquerda, há muito acalentávamos e que se tornaram incoerentes pelas ações de alguns de nós.

Acredito que o problema seja justamente este. Trazer sonhos à realidade. Quando a realidade bate à nossa porta, as respostas que geralmente usávamos para descrever o mundo já não servem mais. Sonhadores são pessoas cujas vidas superam os limites do real.

É preciso pensar um pouco mais no que ainda significam as bandeiras de nossa militância. Certamente ainda há muito pelo que lutar. É preciso ainda superar os limites do real.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A partir de uma Lágrima

Há alguns anos, pesquisadores descobriram que uma substância, presente na lágrima humana, poderá ajudar no combate ao vírus da AIDS. Curioso saber que a lágrima tem poderes terapêuticos! Antes dos cientistas, os apaixonados já haviam descoberto isto. Chorar é ingrediente básico para viver um grande amor.

Os amores são como as plantas: têm que ser regados. A lágrima é a substância que rega o amor. Mas quem diria que uma doença que já fez com que tanta gente chorasse, pudesse esconder o segredo de sua cura justamente na lágrima, sua companheira por muitos anos?

Na terapia médica, o uso da lágrima é ainda uma hipótese. Não há certezas e elas precisam ser encontradas. Mas no universo do amor as coisas já estão bem adiantadas. A lágrima, desde muito tempo, rega e faz crescer o sentimento. Diante das lágrimas as palavras são insuficientes - em sua presença, é preciso silenciar.
Um dia, talvez, ainda descubram que há diferentes tipos de lágrimas. As que são frutos da alegria, nascidas de uma grande surpresa, uma declaração de amor, um encontro inesperado, um gesto de perdão; e as provenientes da tristeza: um adeus, uma partida, um amor perdido, uma mágoa que não se desfaz.

Certamente, quando isto acontecer, a descoberta trará consigo um problema (como sempre!): onde serão colocados os nascedouros de lágrimas como a saudade, um pôr de sol ou a nostalgia? Estes se encontram justamente na divisa entre a tristeza e a alegria. Talvez seja porque a linha que divide a tristeza e a alegria guarde a essência do ser humano - este pode ser o motivo de ninguém ser absolutamente alegre ou inteiramente triste. Vivemos no limite da tristeza com a alegria.
A ternura deste limite faz as pessoas mais ou menos humanas. Ternura é isto: quando a saudade, colorida pela triste beleza de um pôr de sol faz companhia à nostalgia. É uma poção que faz brotar as lágrimas.

Com ternura as pessoas se apaixonam e passam a viver a beleza das lágrimas. Na paixão todos se tornam ternos. Mas esta ternura também revela que os sentimentos que abriga não podem jamais perecer. Esta revelação faz sonhar e o sonho é bom porque ele está para além do tempo. Já reparou que nos sonhos o dia nunca termina e as noites nunca chegam? Não há quem sonhe com o anoitecer! O sonho é maior que o tempo.
Por isso, ternura e sonho guardam os segredos dos apaixonados. Ternura para além do tempo, acima de qualquer idade. Aí nasce uma poção, um conceito, que ninguém sabe explicar ao certo mas todos conseguem sentir: e-terna-idade, eternidade.

E só de pensar que tudo nasceu a partir de uma lágrima...
Paulo Roberto Pedrozo Rocha

domingo, 13 de junho de 2010

Preferir o Beijo ao Sofrimento!

Com a beleza que só a triteza e a paixão sabem decantar, a tragédia romântica Romeu & Julieta, escrita por Shakespeare, comove a todos que assistem sua exibição ou lêem seus versos. No final, a desesperada Julieta, amante de todas as horas e habitante do devaneio dos sonhos de Romeu, acorda em meio a uma trama. Vê seu amado morto. Bebera veneno.

Há um gesto de desespero. Quer morrer também. Lança seu corpo sobre o de Romeu e beija-lhe os lábios. Imagina que neles ainda poderá restar um pouco de veneno, capaz de trazer a felicidade, a felicidade da partida.

A poesia é bela, a trama também. Na imagem do poeta o beijo é sinal de alegria e de dor. Do beijo, tão sonhado em outros tempos, como sinal de alento e encanto, advém agora a única possibilidade de carregar a felicidade: o amor que é inerente à morte.

Mas não é de morte que falam os romances. Eles falam de eternidade. Os beijos são próprios do infinito; eles povoam os lugares de eternidade, entre o amor e a morte. São sempre especiais.

O valor de um beijo está em saber diferenciá-lo das coisas cotidianas. Como sabemos, os beijos são eternos. As coisas eternas têm que marcar, passam além da barreira do tempo, ultrapassam o esquecimento. O mundo das coisas eternas é sombrio e misterioso. Assim o descrevia o poeta Robert Frost: "...há mundos sombrios e misteriosos, tais como os desertos que escondem em si os segredos das moradas dos deuses." Nele, habitam segredos e mistérios: beijos e sofrimentos.

Curioso notar que o sofrimento é um dos mais nobres habitantes do mundo das coisas eternas. Nos poemas e romances, o sofrimento tem que parecer eterno, para sempre, senão não tem valor. A magia está justamente em transformar a eternidade do sofrimento em possibilidade de um fim. Quando se vê uma chance para que o sofrimento tenha fim, poeticamente a humanidade faz habitar neste lugar (também de coisas eternas) um outro infinito: chamam-no de Esperança. A esperança é isso: saber que o encantdor sofrimento pode ter um fim.

Esperança não combina com certeza. A certeza é dura, fria, acabada. Ninguém tem certeza da esperança. Todos sabem que ela existe, mora na possibilidade do fim do sofrimento, mas como é uma possibilidade, tem o seu valor em poder fazer sonhar, vislumbrar com olhos do coração a razão de sua existência.

O final de Romeu & Julieta acaba sendo muito especial: mistura o beijo com o sofrimento, duas das mais notórias eternidades.

Desde então há pessoas que trazem as marcas destas coisas eternas. São como beijos e sofrimentos, são especiais, são eternas. Fazem poemas porque não sabem (ou não podem) falar. Elas têm em comum o ensinamento dos poetas, como este de Ricardo Reis: "Segue o teu destino, rega as tuas plantas, ama as tuas rosas. O resto é a sombra de árvores alheias...porque a realidade sempre é mais ou menos do que nós queremos..."

São pessoas especiais, que nos ensinam preferir o beijo ao sofrimento, mas que quase sempre terminam com os dois.

Paulo Roberto Pedrozo Rocha